Pão de Cristo - parte 1: criando o fermento do zero
Lembro-me quando mas não como tudo começou. No início de 2017 eu me vi fascinada pelo mundo da fermentação natural e dos probióticos como kefir, tibico e kombucha.
Neste primeiro post compartilho a receita do fermento, que você vai fazer uma única vez e, depois de pronto, apenas alimentá-lo para fazer novos pães e compartilhar com os amigos.
- 40g (1/4 xícara) de açúcar;
-5g (1 colher de sopa rasa) de sal.
Me senti desafiada pelo levain, também conhecido como massa madre, fermento natural para pão, à base de água e farinha de trigo. Eu queria fazer do zero, encontrei e testei várias receitas e, finalmente consegui criar meu levain, que cultivo desde então. Em outro momento conversaremos mais sobre ele. Hoje quero falar sobre o Pão de Cristo.
Na saga do levain, comecei a participar de um grupo que troca receitas e dicas e, em certo dia, uma participante nos contou um pouco de sua história e sobre como seu fermento de pão de Cristo tinha sobrevivido a um período em que ela não pode cuidar dele.
Quando li a história, fui levada a uma viagem no tempo e no espaço. Minha mãe ganhando uma "muda" do fermento, fazendo sua multiplicação, distribuindo para as vizinhas e tias e fazendo um pão delicioso e inesquecível. Memória afetiva, meus queridos, comfort food. Gosto de infância, de pão de mãe.
O pão de Cristo tem este nome pois o fermento se multiplica, assim como Jesus Cristo fez a multiplicação dos pães. Ao contrário do levain, tanto o fermento quanto o pão de Cristo em si são muito fáceis de fazer.
Então, pra não ficar que nem a Mônica, só na vontade de comer os pães, vamos colocar a mão na massa, literalmente.
Vou dividir a receita em partes para facilitar referência futura.
Então, pra não ficar que nem a Mônica, só na vontade de comer os pães, vamos colocar a mão na massa, literalmente.
Neste primeiro post compartilho a receita do fermento, que você vai fazer uma única vez e, depois de pronto, apenas alimentá-lo para fazer novos pães e compartilhar com os amigos.
Considerações
Pesos e medidas: compre um copo medidor de líquidos e aconselho também comprar uma balança digital para cozinha. As medidas podem ser feitas com xícaras e colheres mas a precisão da balança facilita o trabalho e evita algumas falhas. A minha eu comprei no eBay por um preço bem camarada e é ótima.
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eBay |
Água: uso água filtrada em temperatura ambiente. Para o levain, que é um fermento mais exigente, é recomendado usar água mineral ou eliminar o cloro da água através de fervura e esfriamento ou ainda, batendo no liquidificador.
Farinha de trigo: observe o rótulos das farinhas quando for ao mercado: precisamos da que tiver a maior quantidade de proteína. As farinhas mais comumente encontradas são consideradas fracas para fazer pão. A que encontro com facilidade, tem bom preço e com a qual obtive melhor resultado é a farinha de trigo Finna. Nesta matéria do Amo Pão Caseiro há uma lista de indicações de farinhas encontradas no mercado.
Dentre as considerações, a escolha da farinha é o item mais importante e essencial para fazer um bom pão.
Fermento para Pão de Cristo ou Fermento de Garrafa
Ingredientes:
- 500ml de água;
- 60g (1/2 xícara) de farinha de trigo;- 40g (1/4 xícara) de açúcar;
-5g (1 colher de sopa rasa) de sal.
Modo de preparo:
- Em uma vasilha misture bem todos os ingredientes;
- Com o auxílio de um funil, coloque tudo numa garrafa PET e tampe bem;
- Deixe a garrafa em temperatura ambiente em local em que não ocorra atrito por 7 dias.
Nos vemos no próximo post!
- Em uma vasilha misture bem todos os ingredientes;
- Com o auxílio de um funil, coloque tudo numa garrafa PET e tampe bem;
- Deixe a garrafa em temperatura ambiente em local em que não ocorra atrito por 7 dias.
Nos vemos no próximo post!
Oi Sandra, pela historia que você contou desse pão, acho que é parecida com a do livro O pão da amizade.
ResponderExcluirA Pepa teve um tempo que fez o fermento, fica diferente mesmo o sabor.
Boa semana,beijos,Vi
Adorei!!!
ResponderExcluirTambém tenho uma memória afetiva com esse Pão de Cristo!!! Não é cheiro de infância, mas de mulher de trinta, trinta e alguma coisa, época em que a minha mãe ganhou o fermento e saiu fazendo pães (coisa que até já fazíamos aos fins de semana, ou quase todos os fins de semana).
Caramba!!! Quando minha mãe faleceu (e lá se vão quase dezenove anos!) já não fazia este pão há algum tempo!!!
Muito obrigada, querida! Resgatou em mim algo muito querido!!!
Deus a abençoa e aos seus amores!!!
É....Internet é ótima!!!
ResponderExcluirSempre nos trás e redireciona para lugares bons , com conteúdo maravilhoso postado por gente boa e do bem !!!para nos ensinar a forma correta de começar um bom fermento do zero e sem medo de errar.
estou aqui para aprender.
ResponderExcluircomo continuo??
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