A vida é um sopro

No início da década passada, quando iniciei o blog, tive a oportunidade de conhecer e fazer amizade com muitas pessoas e, apesar de hoje o blog cair em desuso, mantenho contato com muitas dessas pessoas através das redes sociais.

Há poucos dias estava pensando nisso, nesse círculo de amizade que já tem uma década, que se renova e em como é bom pertencer a ele. Apesar de não conhecer a maioria das pessoas pessoalmente, apesar de não nos falarmos com frequência, tenho todos como pessoas queridas, que compartilham conosco um pouco de suas vidas.

Qual foi minha surpresa e grande tristeza ao saber da passagem da Clau Finotti, vítima de COVID. Ela e o esposo estavam internados, ele faleceu há 10 dias e ela ontem.

Demora um pouco pra ficha cair, pra acreditar. Tão querida ela, tão generosa e tão mas tão divertida! Super mãe era a Clau. O coração fica pequeno de pensar que não vamos mais ler suas histórias e rir com elas. Ela dizia "uma conhecida minha..." para contar alguma coisa que ela tinha feito e fechava com "coitada dela".

Eu amo tartarugas e ela achava horrível, eu ria muito com o jeito dela falar isso. E eu ficava encantada com as muitas casinhas de boneca que ela fazia para Sophia e para presentear. Na nossa última conversa ela estava mostrando partes de uma peça que estava fazendo.

Então chega uma notícia dessas e cai como uma bigorna. Nessas horas a gente percebe que a vida é um sopro, frágil, e faz a gente pensar no que realmente é importante.

Clau, foi uma honra e uma alegria ter te conhecido e ter convivido com você, ainda que apenas virtualmente. Onde você estiver, será um lugar mais iluminado com sua presença.