As paixões anuais de Sandra
Estava pensando dias atrás sobre as coisas que despertam meu interesse, em como eu mergulho de cabeça nelas e depois me canso.
Senão vejamos:
2017 foi o ano dos probióticos, especialmente do kefir
2018, o ano da panificação com fermento natural: levain e do pão de Cristo. Também naquele ano eu descobri a arte em mixed media.
Em 2019 eu conheci o mundo do ATC e fiquei meses fazendo e trocando os cards.
Em 2020 coloquei em prática um interesse antigo: encadernação. Esse tema me fascinava desde muito tempo e, inspirada no trabalho da Cris, do Estúdio Brigit - divulgadora de ATCs aqui no Brasil - comecei a aprender. Me acabei de fazer livros até o ano seguinte.
No final de 2020 assinei a coleção de bonecas Moranguinho e me entreguei, especialmente no meio de 2021, quando houve atraso na entrega e comecei me aprofundar na história e nas marcas ao longo dos anos.
2021 está especialmente cansativo pra mim. Cumprindo isolamento desde março do ano anterior, Magali chegou trazendo muita alegria mas também toda a carga de trabalho que acompanha um filhotinho. E o trabalho - o remunerado - tem sido muito puxado. Sempre quis experimentar teletrabalho e, por causa da pandemia, fui forçada a isso. Amo meu trabalho e gostei demais de não ter que passar pelo stress do trânsito ou pelo cansaço do metrô, nem ter a atenção desviada por gente que grita ao invés de falar. O lado ruim é que às vezes não consigo me desligar, já que meu local de trabalho está literalmente ao lado da minha cama.
Junte tudo isso a preocupações e neuras e você tem uma pessoa cansada, exausta mental, física e emocionante.
Por isso resolvi me afastar das redes sociais por um tempo.
Pra descansar, me organizar, pensar nas coisas.
Pra eu ter tempo e coragem de juntar pilhas de coisas para doação.
Pra eu explicar pra mim que as coisas são assim: têm começo, meio e fim. Que está tudo bem e que eu não preciso me sentir culpada por não querer mais fazer alguma coisa.
Pra eu me livrar de coisas e sentimentos que pesam nos ombros e acorrentam os pés.
Pra eu explicar pra mim que tempo livre não precisa ser preenchido com mil coisas prazerosas a ponto de torná-las insuportavelmente cansativas.
Nos vemos por aqui.
Oi Sandra, temos que saber identificar o que nos aflige, tudo tem seu tempo, o que não dá é para fingir que estamos bem quando não estamos.
ResponderExcluirEstou nessa vibração também, vou me afastar, para minha saúde mental.
Abraço, cuide-se!
Dalva querida, você sempre gentil e atenciosa. Obrigada pelas palavras.
ExcluirA gente precisa se ouvir e cuidar da gente.
Beijo, Sandra