O que eu era eu não sou mais

Aproveitando o final do feriado descansando no sofá depois de um passeio em família, fiquei olhando para as estantes, pensando que preciso arrumá-las, tirar o pó de lugares em que a faxina semanal não chega. Olho para a mesa de centro que foi encaixada embaixo do rack da TV para sobrar mais espaço.  Ela tem cadernos que não uso, projetos que abandonei, material para ATCs que não faço há anos. Acima, no rack, duas latas lindas guardam mais material para ATCs e  journal o qual eu não escrevo nem sequer abro há meses. No rack também um livro interativo para minha mãe.  Esse comprei há dois meses. Me sentei uma vez com ele para escrever. Escrevi várias páginas e a carga emocional foi forte a ponto de eu decidir esperar uns dias para retomar. E acabei me esquecendo dele.

Na estante lateral, prateleiras de material para encadernação. Tem também caixas de bonecas Moranguinho que talvez possam interessar a alguém. 

Na lavanderia, a escrivaninha que abriga meu atelier está entulhada de coisas pra guardar e fazer. Entulhada de verdade. A ponto de eu precisar de uma manhã, talvez um dia inteiro, pra resolver tudo.

Não faço mais ATCs, fiz só dois livros este ano e não tenho mais lojinhas para venda de usados.

Quando somos agraciados com um dia livre a mais na semana, sobra tempo para contemplar as coisas e daí veio esta frase e trecho de uma música do Legião: O que eu era eu não sou mais. 

Tenho cuidado bem da minha saúde, estou me exercitando, parei de consumir açúcar e estes e outros cuidados trouxeram de volta a energia que eu via escorrer por entre meus dedos nos últimos anos. 

Quem sabe eu crio coragem amanhã para tirar tudo, ou ao menos uma parte do lugar e fazer uma grande limpeza e separação para doação e descarte?



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